Marcelo Bulhões dos Santos, no canto esquerdo da foto acima e abaixo no destaque ampliado: ele trabalhou por 3 anos e 9 meses na Casa Civil. (Foto: Veja)
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O
advogado de Brasília que entrou no radar da Justiça por suspeita de
cumplicidade com terroristas é um brasileiro que se converteu ao islamismo e já
trabalhou na Casa Civil da Presidência da República durante a gestão de Dilma
Rousseff. Ele também foi funcionário da própria Polícia Federal, órgão que ele
viria a acusar de ser conivente com interferência internacional na CPI da
Espionagem. Marcelo Bulhões dos Santos pertence à corrente sunita e frequenta
com regularidade a mesquita da capital federal.
Os
policiais federais que estiveram no prédio de Bulhões nesta sexta-feira
apreenderam documentos e materiais eletrônicos, por ordem da Justiça Federal.
Os indícios dão conta da ligação dele com extremistas estrangeiros. Como não há
crime de terrorismo no país, a Justiça colhe elementos para julgá-lo por crimes
acessórios, como estelionato e falsificação de documento.
Bulhões
já era conhecido pela PF. Ele é ex-servidor de nível médio da corporação, onde
trabalhou entre 2004 e 2007. Como fala árabe, espanhol, italiano e inglês foi lotado
na Coordenação-Geral de Polícia Criminal Internacional, braço da Interpol na
PF, antes de ser cedido à Presidência da República. Exercia atividades
burocráticas na troca de informações e comunicados com outros escritórios
centrais nacionais da Interpol. Anos depois, ele diria que havia inteferência
de serviços de inteligência dos Estados Unidos da PF.
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