No RN, PGJ pede autorização para investigar deputado Ricardo Motta


A Procuradoria-Geral de Justiça solicitou ao Tribunal do Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) autorização para abertura de procedimento investigatório criminal em relação ao suposto envolvimento do deputado estadual Ricardo Motta nos desvios de recursos do Idema. Em depoimento à Justiça na última segunda-feira (22), o ex-diretor administrativo do Idema, Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, confessou que participou do esquema fraudulento e disse que ficava com 20% do dinheiro desviado. Segundo ele, 60% da verba fraudada ficavam com o deputado Ricardo Motta (Pros) e os outros 20% eram rateados entre dois ou três dos réus do processo.
Por ter foro privilegiado, o deputado será investigado pelo procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, que precisa de autorização do TJRN para fazê-lo.
O pedido foi protocolado no Tribunal de Justiça nesta quarta-feira (24). 
Operação Candeeiro

Quatro pessoas foram presas na operação Candeeiro, deflagrada pelo Ministério Público Estadual no dia 2 de setembro de 2015. Um dos detidos foi o filho da ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa do RN, Rita das Mercês. Segundo o MP, Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor administrativo do Idema, é o principal responsável pelo esquema, que teria desviado mais de R$ 19 milhões do órgão. A mãe dele foi presa no dia 20 de agosto na operação Dama de Espadas por suspeita de desvio de recursos públicos na AL. Ela foi solta três dias depois por força de um habeas corpus.

Os demais presos da operação Candeeiro são: Clebson Bezerril, ex-diretor financeiro do Idema; João Eduardo de Oliveira Soares, também funcionário do setor de contabilidade do órgão; e Renato Bezerra de Medeiros. O quinto mandado é contra Antônio Tavares Neto.
Foram emitidos cinco mandados de prisão temporária, 10 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e apreensão em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró. De acordo com o MP, os desvios dos cofres do Idema aconteceram entre os anos de 2013 e 2014. O juiz da 6ª Vara Criminal de Natal decretou ainda sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas.

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