O debate a respeito da reforma da previdência não pode assumir o tom de radicalização que está tomando. O alerta foi feito pelo senador Garibaldi Filho. Da tribuna do Plenário, ele defendeu que a discussão seja desmitificada. “O assunto não pode ser tratado como se os defensores da proposta quisessem penalizar os contribuintes e beneficiários e os contrários lutassem pela preservação dos direitos e conquistas”, opinou.
O senador potiguar avaliou que está faltando coragem aos líderes brasileiros para olhar o futuro e dizer à população que uma reforma da previdência é necessária. Garibaldi Filho lembrou que muitos países europeus, inclusive os mais desenvolvidos, promoveram reformas em suas previdências e foram obrigados a cortar benefícios inclusive entre os trabalhadores já aposentados e pensionistas.
“Se não for adotada uma idade mínima para os futuros contribuintes da Previdência, nós vamos ter realmente um colapso total. A expectativa de vida, hoje, está na faixa de 70 anos, e os brasileiros se aposentam, em média, com 55 anos. Essa é uma equação que não fecha. Também temos que fechar a porta no que tange aos abusos na liberalidade da concessão de pensões por morte”, exemplificou o senador Garibaldi Filho.
Garibaldi Filho declarou que modificar a previdência das gerações futuras é inevitável. “Não pode, de maneira nenhuma, continuar a ter esse déficit galopante. No ano passado foi de R$ 85 bilhões e nesse ano vai atingir aos R$130 bilhões”, contabilizou.
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