Para o MP, esquema dos “fantasmas” na Assembleia continuava firme e forte


Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), a operação Canastra Real, deflagrada na última segunda-feira, 17, é continuação do esquema fraudulento apontado na operação Dama de Espadas, de 2015. Ambas ações foram iniciadas para desmontar a quadrilha que atua na indicação de servidores fantasmas para cargos na Assembleia Legislativa.

Desta vez, a chefe de Gabinete da Presidência da Casa, Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho, e outras cinco pessoas foram presas por força de mandado judicial na Canastra Real e outros dois homens foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

O sigilo das petições e decisões foi levantado pela Justiça potiguar ainda nesta segunda. A continuidade do esquema da Dama de Espadas foi demonstrada na investigação, sendo que apenas a forma de operacionalização do desvio mudou. Na Dama de Espadas, os servidores indicados para integrar o esquema recebiam seus vencimentos através de cheques-salários. Até o momento, o MP-RN já denunciou 26 pessoas por envolvimento com as fraudes.

Na Canastra Real, a investigação aponta que os servidores investigados tiveram que abrir contas bancárias, em alguns casos fornecendo o endereço residencial de Ana Augusta para constar nos assentos funcionais e nos cadastros bancários deles.

A investigação do MP-RN mostra, ainda, que uso dos cargos por parte de Ana Augusta era voltado para desvio de valores.

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