(Estadão) Várias obras
espalhadas pelo Brasil inteiro estão sentindo os reflexos da falta de dinheiro
do governo federal. No programa habitacional Minha Casa Minha Vida, há milhares
de unidades paradas por causa de atraso no pagamento às construtoras, apesar de
o Ministério de Cidades negar problemas.
Segundo dados da
Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), a dívida do
governo com as empresas somava algo em torno de R$ 1,2 bilhão até semana
passada (uma parte desse valor foi paga). “As empresas não estão conseguindo
absorver esses atrasos”, disse o presidente da associação, Luciano Amadio.
Em Suzano, região
metropolitana de São Paulo, quatro residenciais foram paralisados por falta de
pagamento. Em Americana, no interior paulista, há quase 900 unidades aguardando
regularização. As construtoras não quiseram se pronunciar.
No Rio Grande do
Norte, seis empresas responsáveis pela construção de 4,2 mil unidades do
programa também paralisaram as obras e deram aviso prévio a parte dos 5 mil
funcionários. “Esta semana o governo pagou R$ 6 milhões e a dívida caiu para R$
24 milhões. Mas novas faturas foram emitidas e a dívida voltou a ficar como
antes”, disse o vice-presidente de obras públicas do Sindicato da Indústria da
Construção Civil (Sinduscon-RN), Marcus Aguiar.

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