Gestão Jaime de Carvalho resgata história de ex. parlamentar que dá nome ao Salão Nobre do Poder Legislativo Pauferense

 

A atual gestão do Legislativo Pau-ferrense tem, dentre outras tarefas, buscado resgatar as memórias de quem fez história no Palácio Vereador Francisco Lopes Torquato ao longo das décadas. E, nesse propósito, incentivou uma pesquisa a respeito da denominação do salão nobre, intitulado Antônio Alvino de Souza.

O despertar para o trabalho foi da equipe de Comunicação da Casa. Desde janeiro e, paralelo às suas atividades diárias, ela reuniu informações e imagens que culminaram na produção de um vídeo voltado às redes sociais, publicado hoje (24), contendo entrevistas de familiares do homenageado.

"Sentíamos a responsabilidade de preencher uma lacuna: até então, a gente não havia encontrado nenhum registro institucional sobre quem foi esse homem. Nosso objetivo foi valorizar sua memória. Buscamos construir um material digno da sua trajetória. E assim o fizemos com respeito, dedicação e muito compromisso com a história de Pau dos Ferros", comentou a gerente de Comunicação Gabriela Lima.

Uma das filhas, Maria Filomena demonstrou alegria e satisfação diante desse contexto. "O nosso agradecimento a Jaime de Carvalho por ter essa ideia de homenagear mais ainda o nosso pai. [...] A família fica muito grata.", disse, dirigindo-se ao presidente da Câmara.

Maria Filomena foi quem elucidou grande parte da biografia de Antônio Alvino, o que se somou a dados do arquivo do Poder Legislativo repassados recentemente à Gerência de Comunicação, a exemplo da ata de posse. Ela e um neto do ex-parlamentar, Expedito Souza, colaboraram de forma direta com a gravação do audiovisual.

Antônio Alvino de Souza

Intendente municipal eleito e empossado para o exercício de 1929 a 1931, Antônio Alvino dividiu época com Carloto Távora, Marcelino de Oliveira (Mano Marcelino) e Joana Cacilda de Bessa.

Em sua trajetória pública, segundo familiares, desempenhou ainda o cargo de juiz de paz em Portalegre, no período do Movimento Revolucionário de 1930, servindo à comunidade com serenidade e equidade. Posteriormente, foi proprietário de farmácia e fazendeiro.

Ele pertenceu a uma família de sólida tradição no Alto-oeste, sendo lembrado pela humildade, gentileza e generosidade, além da sua avidez por conhecimento. Consumia assiduamente publicações como O Jornal do Comércio, O Mossoroense, O Cruzeiro, Manchete, Fatos e Fotos, e, Almanaque de Seleções. Acompanhava as notícias através do programa radiofônico "A Voz do Brasil".

Nascido em 1890, na cidade de São Miguel, mudou-se para Pau dos Ferros na juventude. Teve dois matrimônios (o último com Filomena Sampaio do Rêgo), constituindo numerosa descendência: nove filhos no total (incluindo duas filhas adotivas) e muitos netos. Exemplo de retidão, Antônio Alvino de Souza faleceu em 1974.